domingo, 22 de junho de 2014

Logos e Simbolos....

É importante dizer que a maioria das pessoas que usam tais simbolos desconhecem o significado do que estão usando.
Deus os abençoe nesta pesquiza.

O uso de símbolos antigos para fins corporativos é mais comum do que se possa pensar. A maioria das pessoas só não os percebe pela falta de familiaridade e a estilização que eles sofrem, antes de se converterem em logotipos.

O símbolo ao lado é chamado de Trisqueta. Para os celtas, ele representaria os três aspectos da “Deusa”: virgem, mãe e anciã. Também é conhecido como “Nó da Trindade Céltica” ou “Celtic Trinity Knot”. Seus atributos incluem o mar, a terra, o céu e os ciclos de nascimento, vida e morte. Há, portanto, o sentido de unidade, eternidade e entrelaçamento infinito.
Os seus significados pagãos foram ignorados e reformulados através de São Patrício, missionário irlandês, de modo que o “Nó da Trindade Céltica” acabou sendo adotado como uma das representações da trindade cristã: Pai, Filho e Espírito Santo.

O símbolo também é tido como uma dissimulação do número 666:


Talvez o leitor já tenha lido ou ouvido falar sobre o “Torus Knot” ou “Gordian Knot”, considerado por alguns estudiosos como uma espécie de modelo geométrico/matemático do universo... Ele está na capa do livro “Conspiração Aquariana”, de Marilyn Ferguson, na versão em língua inglesa, vista à abaixo:

Exemplo do uso dessa figura aqui no brasil


O número 666 é conhecido pelos cristãos como o número do anti-cristo, que surgirá na terra para governar o mundo, conforme encontramos em Apocalipse 13:18. Para a Nova Era este número tem qualidades sagradas e por isso, deveria ser usado com maior freqüência possível para representar a Nova era.
Arco Iris

O Arco-Íris é um dos mais usados símbolos da Nova Era, é considerado o símbolo principal da Nova Era, mas, apresentando só a metade! Ele representa a ponte entre a alma humana individual e a “Grande Mente Universal” ou “Alma Universal”, que é Lúcifer. Também é considerado como “Ponte Mental” entre o homem e as energias cósmicas e a cidade de Shambala, governada por Lúcifer.

Na Bíblia, o arco-íris é o símbolo da Aliança entre Deus e o Seu povo. As instituições de ensino, o comércio, indústrias ligadas a esse movimento, utilizam muito o Arco-Íris em seus impressos e material publicitário.

Circulo com um Ponto no Centro

Este sinal é o símbolo da bandeira de Lúcifer. O círculo representa o planeta Terra como reino de satanás. O ponto são os homens e sua divinização, instrumentos a serviço deste reino; o símbolo da energia, que segundo eles, emana para todo o ser.







Mão chifrada continua...







Usado por artistas ligados à música (principalmente Rock) e seus fãs. Simboliza o louvor em rituais satânicos.Este gesto é muito usado também por autoridades,chefes de estado,em filmes representa submissão a satanás.
Este é Anton Szandor La Vey e sua filha ele é o fundador da primeira igreja satã em 1966 e autor da biblia satanica.
Isaias 58 v9 Então clamarás, e o Senhor te responderas:gritarás e ele dirá:Eis-me-aqui:se tirares do meio de ti o jugo,o estender do dedo, eo falar a vaidade.

Cruz virada pra baixo






Usado por grupos de Rock e adeptos da Nova Era. Simboliza zombaria da cruz de Jesus. É usado também em rituais satânicos.







Piramide com um olho ,O olho que tudo ve, pessoa tapando um olho são a mesma representação







Este é um dos mas visados simbolos usado por satanas para se mostrar presente em tudo, nos filmes, capas de Cd,clipes musicais representa o olho de lucifer ele é usado principalmente pelos illuminates.

Besouro


Simbolo que mostra que a pessoa que usa tem poder,hierarquia dentro do satanismo.








Anarquia

O movimento prega a destruição de toda e qualquer organização que não queira se integrar ao novo sistema. Declara a anarquia do inferno a essas organizações que resistem à adesão universal. Usado inicialmente pelos grupos “punks”. Atualmente usado pelos grupos heavy metal. É o símbolo da anarquia, contra tudo o que é lei. O nome já diz tudo: Anarquia



Netuno

Simboliza a transformação das crenças. A cruz para baixo significa que todas as crenças serão destruídas para que o planeta Terra seja governado por Maitreya o “Novo Messias”.







Estes aqui são imagens de um templo maçon e sempre que vc ver esses simbolos principalmente o piso que é muito usado nos filmes , comercias, clips musicas pode ter certeza ali tem o dedo maçonico.



Templo maçon



Altar maçon



A maçonaria é gnóstica, ou seja crê no dualismo. O dualismo é uma crença segundo a qual o bem e o mal são apenas duas faces da mesma moeda.

Para que haja uma evolução dialética é necessário, segundo os gnósticos, que o bem interaja com o mal para que a evolução, que é uma sintese de tudo isso, apareça.

Assim os quadrados bracos juntos com os negros representam algo como o Yin e o yang, istó é, o bem e o mal são necessários um ao outro para que haja evolução e se interpenetram.

Sendo assim é como dizer que Deus não seria nada sem lucifer.

Olho de Hórus. numa tatuagen.














É um antigo simbolo egício muito usado na feitiçaria moderna.
Representa o olho divino do deus hórus,é usado para simbolizar a proteção espiritual e também
o poder clarividente do terceiro olho.( A saber o olho que tudo vê olho de lucifer)

Mão chifrada


Esta é a série Roma 2temporada este é o final do 5 épisodio
homem da esquerda é Lucios Vorenus homem honrado que tirou seus filhos da escravidão e no centro sua filha eles brindão a união da familia mas veja o gesto de sua filha na foto da direita.
gesto este que representa satanás e tudo que é mal e mentiroso,falso mas que a midia tem divulgado diferente como sendo normal e moderno.


Isaias 58 v9 Então clamarás, e o Senhor te responderas:gritarás e ele dirá:Eis-me-aqui:se tirares do meio de ti o jugo,o estender do dedo, e o falar a vaidade.

Mão boba (dedo mindinho e o polegar erguidos os outros três abaixados)


Consiste na saudação usando os dedos polegar e mínimo abertos e os demais fechados. Significa frouxidão, relaxamento, estado de embriaguez, de prostração, de negligência.
Este gesto significa também o rebaixamento e queda da trindade - Pai, Filho e Espírito Santo - (os três dedos abaixados) e exaltação do diabo. Os dois dedos levantados (polegar e mínimo) formam o chifre que simboliza o diabo.
parece estranho pois esses gestos sempre fizeram parte da vida das pessoas principalmente dos jovens.


Clpam

Um oito deitado algo inocente ?

A lemniscata é uma figura geométrica em forma de hélice que é o sinal matemático do "infinito". Simbolicamente a lemniscata representa o equilíbrio dinâmico e rítmico entre dois polos opostos.
*No tarô, a lemniscata aparece em duas cartas: ela flutua acima das cabeças do Mago (carta 1) e no personagem que força a abertura da boca do Leão na carta 11, a Força. Há tarôs sem o símbolo sobre os dois personagens, mas, nos chapéus que usam, as abas formam lemniscatas. No livro Meditações sobre os 22Arcanos Maiores do Tarô (Edições Paulinas), lê-se que a lemniscata simboliza o ritmo, a respiração e a circulação (o desenho tem claramente dois ciclos). Ela é então o símbolo do ritmo eterno, ou da eternidade do ritmo, e sinaliza, no Tarô, o conhecimento desse segredo.
Traçar a lemniscata no ar com varetas de incenso é indicado para harmonizar a energia de pessoas e ambientes.



A lemniscata, principalmente em suas representações celtas, nos remete diretamente ao "Ouroborus", símbolo antiqüíssimo, resgatado pela tradição alquímica, onde se vê uma serpente que morde o próprio rabo e dovora-se a si mesma.


Oroborus é a imortalidade e também o renascimento, é o infinito... A negação da morte e a sua afirmação mais contundente. A metáfora absoluta da renovação do ser que se consome e
alimenta no mesmo ciclo.
"Meu fim é meu começo", diz a cobra nesse ato mágico de devorar-se e cuspir-se, a representar a unidade indiferenciada da vida, e seu caráter divino implícito na perfeição do círculo. À serpente devorando a própria cauda, os alquimistas chamaram Oroboro.

Entre os egípcios ela é Ra-Atum, divindade que ao emergir das águas primordiais cuspiu, ou expeliu pela masturbação conforme outras versões, Shu (o ar) e Tefnut (a umidade), que por sua vez engendraram Geb (a Terra) e Nut (a noite). Várias são as passagens do Livro dos Mortos em que Rá-Atum se pronuncia. No capítulo VII diz estar situada no centro do oceano celeste, frisa ser seu nome um mistério e seu poder, absoluto. No capítulo XVII diz ser o deus solitário dos vastos espaços do Céu, ser deus Rá levantando-se na aurora dos Tempos, também a suprema divindade que nasce de si mesma, e que seus misteriosos nomes criam as hierarquias celestes; Ra-Atum, maravilhado pela própria criação, noutra passagem adverte: "Sou aquele que não passa;... quando tudo retornar ao indiferenciado, então me transformarei de novo na serpente que nenhum homem conhece nem os deuses podem ver".

Quero dizer aqui meus amigos que não estamos tão distantes dos costumes pagãs da antiguidade,nos apenas não sabemos, mas fazemos tanto quanto els fizeram.

Que o nosso Senhor Jesus Cristo nos de o dicernimento para não cairmos na armadilhas do dia a dia .


Clpam a todos

Maçonaria algo bom ou ruim ?

A verdade que ninguém sabe.
"O meu povo se perde por falta de conhecimento" (Oséias 4 v6) Pouco se sabe sobre as origens da Maçonaria, sobre seu fundador (es) e sua história. Existem especulações de alguns estudiosos que afirmam que Tubalcaim, descendente de Caim (Gen 4:22) seja o primeiro maçom. Depois dele segue um tal de Ninrode, um grande caçador, a quem é atribuído como o fundador da Babilônia e o construtor e idealizador da Torre de Babel bíblica (Gen 10:8-9; 11:1-9). Porém muitos concordam com um personagem chamado Hiram Abif. A própria Maçonaria diz que durante a construção do templo, o rei Salomão, ajudado pelo rei de Tiro, contratou o filho de uma viúva chamado Hiram. Este homem é tido como o arquiteto da Maçonaria, qual tinha chegado até o grau Mestre (último grau da Maçonaria).



A origem da palavra maçom, vem etimologicamente do latim e traduzida do francês, quer dizer, "pedreiro". Quando é criada uma organização Maçônica, esta é chamada de "Loja". apesar da palavra, em nossa língua, significar um lugar onde se vende algo, a loja maçônica é o lugar de reunião e dos rituais maçônicos. Durante séculos, a Maçonaria foi ensinada como uma organização de cunho social, preocupada com os interesses políticos e da sociedade. Porém muitos adeptos da Maçonaria não sabem que ela é uma organização dentro de outra organização. Existe, na verdade, duas fraternidades maçônicas: aquela que aprendemos na escola, em aulas de história e uma outra que é invisível. Um grande maçom de nossos dias chamado Manly P. Hall, descreve em seu livro o que é realmente a Maçonaria (este autor foi considerado pela crítica americana como "O Maior filósofo da Maçonaria",
veja o que ele diz:

"A Maçonaria é uma fraternidade dentro de uma fraternidade – uma organização exterior que esconde uma irmandade interior dos eleitos... é necessário estabelecer a existência dessas duas ordens separadas, porém independentes, a visível e a outra invisível. A sociedade visível é uma esplêndida camaradagem de homens 'livres e aceitos' que reunem-se para dedicarem seu tempo às atividades éticas, educacionais, fraternais, patrióticas e humanitárias. A sociedade invisível é uma fraternidade secreta e augustíssima [de majestosa dignidade e grandiosidade], cujos membros dedicam-se ao serviço dos arcanos [segredos, mistérios]." [Extraído do livro Lectures on Ancient Philosophy, Manly P. Hall, pg 433]
veja outra de sua citaçoes:
"Quando o maçom aprende que o segredo para o guerreiro é a correta aplicação do dínamo do poder da vida, ele aprendeu o mistério de sua Arte. As energias ardentes de Lúcifer estão em suas mãos e antes que ele possa avançar para a frente e para cima, precisa provar sua capacidade de aplicar corretamente a energia." [The Lost Key to Freemasonry, Manly P. Hall, publicado pela Macoy Publishing and Masonic Supply Company, Richmond, Virgínia, 1976]
Podemos observar com esta citação que a Maçonaria possui realmente algo oculto e que poucos, nem mesmo aqueles que estão dentro dela conhecem,Outro autor maçons, Albert Pike, que traz ao nosso conhecimento algo polêmico sobre a maçonaria em seu livro "Morals and Dogma”:

"A Maçonaria, como todas as religiões, todos os mistérios, o Hermetismo, e a Alquimia, esconde seus segredos de todos, exceto dos adeptos e sábios, ou eleitos, e usa falsas explicações e falsas interpretações sobre seus símbolos para enganar aqueles que merecem somente ser enganados; para esconder a verdade, que chama de Luz, e afastá-los dela." [Extraído do livro: Morals and Dogma, pg 104-5, Terceiro Grau].

Mas a Maçonaria nunca assume que é uma religião. Porém estes que não assumem é por que fazem parte da maçonaria visível, daquela que aprendemos na escola. Contudo, sabemos que ela possui um caráter de politeísmo, sincrético e monísta. A Maçonaria está dividida em três hieraquias. São elas: Aprendiz, Companheiro e Mestre. O grau mais elevado é o 33° que é denominado no Brasil como "Grande Inspetor Geral". Encontramos suas doutrinas (chamadas de Landmarks) resumidas em três pontos básicos: A Paternidade de Deus, Fraternidade Universal e a Imortalidade da Alma. Porém é possível que um membro da maçonaria chegue ao grau 33° sem saber que exista uma outra entidade invisível dentro da maçonaria.
Quando um indivíduo passa a integrar a maçonaria, eles observam atentamente suas ações. Se ele possuir um amor por Deus e dizer sempre a respeito do bem ou a respeito de Jesus Cristo, eles o deixam somente na maçonaria visível (aquela que apenas faz obras humanitárias). Porém se este indivíduo não demonstrar este compromisso, principalmente com Deus e Jesus, eles então lhe mostram um outro mundo: o outro lado da Maçonaria.

Clpam a todos.........

Você sabe o que singnifica simbolo da OMS ?

Organização Mundial de Saúde


Originalmente, o símbolo de medicina continha apenas uma cobra, como no logotipo azul acima, mas em 1.902 o corpo médico do exército do EUA adotou o símbolo com duas cobras e este então passou a ser mais aceito. O símbolo original era baseado no cajado de Asclepius, filho de Apollo e praticante de medicina na mitologia grega

Escultura de Asclépio (Mão chifrada da estátua)

Esculápio (em latim Aesculapius) ou Asclépio(em grego: Ἀσκληπιός, Asklēpiós) era o deus da Medicina e da cura da mitologia greco-romana.
Existem várias versões de seu mito, mas as mais correntes o apontam como filho de Apolo, um deus, e Corônis, uma mortal. Teria nascido de cesariana após a morte de sua mãe, e levado para ser criado pelo centauro Quíron que o educou na caça e nas artes da cura. Aprendeu o poder curativo das ervas e a cirurgia, e adquiriu tão grande habilidade que podia trazer os mortos de volta à vida, pelo que Zeus o puniu, matando-o com um raio. Seu culto se disseminou por uma vasta região da Europa, pelo norte da África e pelo Oriente Próximo, sendo homenageado com inúmeros templos e santuários, que atuavam como hospitais. Sua imagem permaneceu viva e é um símbolo presente até hoje na cultura ocidental
Fonte De estudo.
Como tenho falado amigos os dias de hoje estão tão contaminados com as crenças pagãs da antiguidade que não a diferença, pois as pessoas estão sendo enganadas pelos senhores do mundo que colocam suas esculturas ,seus logotipos, em todo canto e nos sempre achamos normal que não tem nada haver.

Oséias 4.6 O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o [conhecimento]. Porquanto rejeitaste o [conhecimento], também eu te rejeitarei...

Clpam a todos

sábado, 21 de junho de 2014

Se preparando para o Evangelismo


Se preparando para o Evangelismo

Por que devemos evangelizar?  

Esta é uma daquelas perguntas que precisam ser respondidas. Não dá simplesmente para dizer “Porque sim!” ou “Porque não!”. Se não soubermos a razão porque devemos evangelizar, podemos fazer desta, uma prática mecânica e sem vida. Então, nesta série de artigos, vamos apresentar, à luz da Escritura, ao menos seis razões para a evangelização. A primeira e mais importante é:
Por causa da glória de Deus.

De acordo com as Escrituras, o homem existe para glorificar a Deus. Ele nos criou para vivermos para a sua glória! (Is 43:7; Ef 1:11-12; 1 Co 10:31). É jus-tamente por saber disso que acredito que o objetivo primeiro que deve nos im-pulsionar à evangelização não é o bem estar dos homens, mas a glória de Deus. Quando saímos para evangelizar, o que mais deve nos motivar não é a popular “paixão pelas almas”, mas o nosso amor por Deus e nossa preocupação em glorificá-lo. O amor aos perdidos falhará no caso daqueles a quem não conseguimos amar, por isso, o amor a Deus é o principal motivo para a evangelização.
E, por favor, não me entenda mal. Não estou dizendo que não devemos amar as pessoas e que não devemos nos preocupar com elas. Não é essa a questão. A “paixão pelas almas” é importante e também é uma razão para evangeli-zarmos, mas não a central. O grande alvo da evangelização é a glória de Deus! Ao evangelizar, estamos anunciando ao mundo as grandezas da salvação pre-parada pelo Pai em favor da humanidade rebelde. Deus está sendo glorificado quando fazemos isso! Deus está sendo louvado quando seus gloriosos feitos são conhecidos! A glória de Deus está sendo exaltada quando pessoas o reconhecem como Senhor e começam a adorá-lo. Por isso devemos evangelizar!
Até a próxima!
por Eleiton Freitas

ONDE DEUS MORA

O Senhor Nosso Deus não mora em uma casa construída por
mãos humanas. Isto está muito claro em Sua Palavra, onde lemos: “Deus,
que fez o mundo e tudo o que nele há, sendo Ele Senhor do céu e da
Terra, não habita em santuários feitos por mãos humanas” (At 17:24).
Claro que muitos crentes compreendem que isto significa que Deus não
reside em algum tipo de templo ou catedral de construção terrena.
Não importa o quanto sejam ornados, bonitos ou elaborados, Deus
não é atraído por templos terrenos e não mora neles. Embora algumas
pessoas se sintam admiradas por construções religiosas extravagantes e
confundam este sentimento da alma com uma bênção espiritual, a
verdade é que Deus não mora e nem nunca irá morar em algum tipo de
edificio físico. Muito menos Ele habita em uma caixinha dourada na frente
da catedral, ou em qualquer tipo de imagens, sejam elas feitas de
porcelana, plástico, madeira ou metais preciosos. A maioria dos crentes
verdadeiros hoje compreende esta verdade.
Mas o que muitos falham em ver é que Deus também não vive em
organizações humanas. Estou querendo dizer com isto que Ele não
habita em grupos cristãos que se tenham unido por esforços meramente
humanos. Este é um ponto que talvez seja muito difícil para alguns
compreenderem. Embora a maioria saiba que Deus não mora em uma
casa de tijolos ou pedras, muitos têm um conceito fortemente arraigado
de que Ele, na verdade, mora em qualquer grupo cristão que se intitula de
“igreja”. Nós facilmente imaginamos que Deus vive em nossa organização
particular.
Contudo, conforme recebemos uma revelação celestial,
começamos a compreender que a casa de Deus é uma coisa viva. Não é
uma estrutura estática, mas algo que é cheio de Sua Vida. O corpo de
Cristo – o lugar onde Ele realmente vive – é um organismo vivo. Não é
uma organização. Tal residência viva não é um produto do esforço ou da
vontade humanos. Não é algo que o homem possa reunir sozinho. É
resultado de Sua Vida sobrenatural. É algo que cresceu e tomou a forma
que Ele deseja como um resultado de Sua própria Vida eterna.
Portanto, podemos facilmente entender que Nosso Senhor não irá
morar em qualquer grupo cristão, a menos que este seja um produto de
Sua própria Vida. Não é suficiente que a nossa igreja seja “bíblica”. Não é
bastante que um grupo cristão pareça se conformar aos padrões do
Novo Testamento. É apenas a Sua noiva viva, Seu Corpo, que O atrai e
no qual Ele deseja viver por toda a eternidade. Somente aquilo que é
produto de Sua Vida sobrenatural servirá para ser a Sua habitação.
Ao começamos a ver com mais clareza a casa de Deus, somos
levados a concluir que, se o nosso grupo é resultado de capacidade
humana, Deus não irá morar nele. Se nossa igreja é o resultado da
capacidade organizacional, do esforço terreno, da liderança especial
(não importa o quanto ela possa ser carismática), da habilidade
administrativa ou de atrações populares, ela realmente não é a casa de
Deus. Simplesmente colocar o nome de “igreja” em nosso grupo não irá
qualificá-lo para ser a Sua habitação eterna. Simplesmente organizar
algo que parece bom e é visto como religioso do ponto de vista humano,
não será aprovado. Qualquer coisa que seja feita por mãos humanas
não se adapta para ser o lugar da morada de Deus.

OS BLOCOS FUNDAMENTAIS DA CONSTRUÇÃO

Os materias, os blocos fundamentais para a construção da casa de
Deus, são individuais e não grupais. Ele habita pessoalmente homens e
mulheres, individualmente. Nós lemos que nós somos o templo do Deus
vivo e que Ele irá morar em nós (2ª Co 6:16). Também lemos que nossos
corpos são o templo do Espírito Santo (1ª Co 6:19). Então, são homens
e mulheres, individualmente, que são o alicerce da casa de Deus.
Portanto, para que a casa de Deus seja edificada, os crentes, que
são esta casa, precisam crescer em Sua Vida. É necessário que eles
amadureçam e se tornem aquilo que Deus deseja que eles sejam. Este
crescimento individual de cada membro é o que faz com que Sua casa
seja edificada. Não é simplesmente juntar um grande número de pessoas
que irá fazer a obra, mas o crescimento dos indivíduos que faz com que
o todo se torne vivo.
Vamos analisar um pouco melhor este pensamento. Se nós
desejarmos construir a casa de Deus, precisamos concentrar nosso
trabalho nos materias, os blocos básicos, que são os indivíduos.
Precisamos centralizar nossos esforços em ajudar cada pessoa a
crescer em Cristo. Precisamos aprender como ministrar Cristo uns aos
outros, de modo que eles possam amadurecer espiritualmente. Deste
modo, a casa de Deus será edificada.
Se desejarmos construir o templo do Espírito Santo, só há um
modo de fazê-lo. Precisamos encher-nos com a Vida sobrenatural de
Deus diariamente. Precisamos cultivar uma intimidade com Jesus,
comendo e bebendo Dele, para nos enchermos “daquilo que Ele é”. A
seguir, podemos "ministrar" ou servir esta Vida a outros crentes (ou
mesmo aos ímpios) com os quais temos contacto. Ao compartilharmos
Jesus com os outros, eles também irão crescer até a estatura Dele.
Isto não sempre tem acontecido hoje. Muitos estão trabalhando
para juntar algum tipo de grupo. Seu foco é a aparência do conjunto total.
Eles estão tentando montar um tipo de estrutura, na qual os crentes se
ajustem. Estão organizando, administrando, planejando e fazendo. Estão
ocupados construindo o madeiramento da maneira como eles pensam
que a Igreja deveria ser. Estão trabalhando para manter um grupo unido,
o que para eles parece ser "uma igreja".
Mas, muito deste esforço não faz com que os membros cresçam na
Vida. Muito frequentemente, esta coleção de indivíduos é exatamente isto
– um grupo de crentes cujas vidas não são realmente transformadas à
imagem de Cristo. Geralmente muitos destes crentes são mantidos por
uma estrutura que alguém fez e não estão realmente crescendo
espiritualmente. Consequentemente, o grupo não se torna um lugar em
que a presença de Deus venha e faça morada.
Já que Deus mora em indivíduos cristãos, quando eles estão juntos
há uma manifestação da Sua presença. Mas esta manifestação – o poder
de Sua presença – é inteiramente dependente do grau de intimidade de
cada indivíduo com Ele. Quanto maior for o espaço dado a Ele por cada
um em sua vida, mais poderosamente Ele será expresso no grupo e
através do grupo. Quanto mais maturidade espiritual e mais amor por
Jesus tiver cada membro, mais o grupo será verdadeiramente o Seu
Templo.
A ênfase dos ensinamentos de Jesus e do Novo Testamento em
geral é nos materiais individuais, os blocos de construção, por assim
dizer, e não na aparência do conjunto. Não é desejo de Deus
simplesmente colocar junto um número impressionante de crentes. Não
faz parte de Seus planos que a Igreja seja um tipo de organização bem
sucedida. Ele não é atraído por isto. Ele fará seu lar entre nós somente à
medida que cada um de nós permita que Ele more dentro de nós. Seu
desejo é que cada um de nós seja santificado, transformado e pronto
para recebê-lo como morador, para que Ele possa se mover através de
nós.
Talvez uma analogia possa ajudar aqui. Vamos supor que uma
pessoa muito rica tenha contratado um construtor para lhe fazer uma
casa de blocos de granito. Vamos imaginar que o construtor tenha
empregado outros materiais no lugar do granito. Ele queria construir mais
rapidamente e de maneira mais barata. Então ele usou tabuas e madeira
compensada. Então, para que parecesse granito, ele passou um tipo da
massa plástica no exterior, o que fez com que parecesse com a rocha
genuína. É até possível que, no final, ele tenha conseguido chegar a algo
que se assemelhava ao plano original.
Quando o dono da casa chegar para ver o trabalho, ele se
agradará com ele? Ficará satisfeito com a obra? Ou ele se recusará a
morar em uma casa feita com materiais inferiores e mais baratos? Não há
dúvida que ele não pagará pela obra e não se mudará para esta casa de
imitação. Quanto mais irá o Deus do Universo morar em algo que não é
feito com os materiais corretos e que não foi construído de acordo com
os Seus planos? Neste caso, assim como é com a Igreja, é o material
individual que é essencial, não simplesmente a aparência do conjunto.
Esta distinção é muito importante. Se formos colaborar com Deus
construindo a Sua casa, precisamos compreender como é o lugar em
que Ele vive. Ele não vive em organizações cristãs que foram formadas
por esforços humanos para que tais membros se juntassem e para que
se mantivessem juntos por métodos terrenos. Todavia, nós muitas vezes
encontramos servos de Deus bem intencionados trabalhando para
conseguir um grande número de crentes juntos, debaixo do mesmo teto.
Eles estão usando sua personalidade e talentos para agrupar as
pessoas em volta deles ou do ministério deles, supondo que ali seja a
casa de Deus.
Muitas pessoas hoje comentam sobre maneiras de fazer "a igreja
delas" crescer. A idéia principal parece ser a de conseguir aumentar o
número de pessoas que assistem aos cultos. Vários métodos estão
sendo empregados com este intuito, incluindo novos edifícios, novos
programas, ênfase em alguns dons, experiências, etc. Mas simplesmente
aumentar o número de membros nada faz para construir a casa de Deus.
(A não ser que este aumento seja de ímpios que verdadeiramente tenham
nascido de novo.) A casa de Deus não é construída desta maneira.
Construir uma organização religiosa não é a mesma coisa que construir
o templo do Deus vivo.
A idéia de Deus não é construir um grupo, mas sim edificar cada
homem e cada mulher que formam os grupos. Sua intenção é que nós
edifiquemos uns aos outros. É assim que iremos nos ajudar para
crescermos espiritualmente. Conforme crescemos, damos mais “espaço”
para Ele viver e se mover dentro de nós e através de nós. Conforme
edificamos uns aos outros em nossa fé santíssima (Judas 1:20), estamos
construindo o lugar de residência de Deus. Esta é a nossa tarefa. Jesus
nos instruiu a irmos e a fazermos discípulos. Isto significa auxiliar ou
outros a virem para Jesus e a se submeterem a Ele. Deus então toma
estes materiais e os ajunta conforme agrada a Ele (1ª Co 12:24).
A manifestação de Sua presença em qualquer reunião de crentes
depende dos corações dos indivíduos que ali estão reunidos. Não tem
nada a ver com o bom funcionamento da organização. Não depende do
número de pessoas presentes. Deus não é atraído por nossos
programas ou “ministérios”. Então, o que estamos construindo? Se a Sua
presença é atraída por homens e mulheres que estão abertos para Ele e
não por nossa superestrutura, onde deveríamos estar investindo nosso
tempo?
Agora, alguns podem argüir: “Mas a Bíblia diz que onde dois ou
três se reunirem em nome dele, Ele aí estará no meio deles”. Sim, Jesus
visita nossos encontros. Mas, quero repetir, a intensidade de Sua
presença vai estar diretamente relacionada com a abertura dos corações
das pessoas envolvidas. Quando os corações das pessoas presentes
estiverem fechados, elas não poderão sentir a Sua presença.
A visitação de Deus não depende da posição doutrinal do grupo. E
nem está baseada em aparência exterior ou qualquer outro fator
superficial. Deus olha para os corações dos indivíduos. Além disso, a
qualidade do ministério que recebemos Dele, a profundidade de nossas
experiências em tais circunstâncias, está diretamente relacionada com a
fome espiritual e a abertura daqueles que estão envolvidos. Tudo isto é
para dizer que a experiência espiritual do grupo depende dos indivíduos
nos quais a obra de Deus está sendo feita.

DEUS NUNCA NOS DISSE PARA ORGANIZARMOS GRUPOS

Em nenhum lugar no Novo Testamento somos instruídos a tentar
edificar um tipo de grupo de igreja ou de organização religiosa. Isto é
muito importante. Nunca nos falaram para tentar ajuntar um grande
número de crentes e organizá-los em algum tipo de grupo. Nunca fomos
ensinados que deveríamos construir “uma” igreja. Nunca fomos
exortados a formar alguma organização cristã.
É nosso trabalho, sendo dirigidos pelo Espírito Santo, edificarmos
uns aos outros. Essa é a nossa parte da obra. Então é trabalho do
próprio Deus nos colocar juntos. Esta união não é um trabalho que o
homem possa fazer, nem uma obra que tenhamos sido instruídos a fazer.
Uma leitura cuidadosa do livro de Efésios ajudará o leitor a ver isto mais
claramente. É Deus quem “nos ressuscitou” “e nos fez sentar juntamente
com Ele nos lugares celestiais” (Ef 2:6).
Jesus disse explicitamente: “Eu construirei a minha igreja” (Mt
16:18). Lemos que “O Senhor acrescentava à igreja, diariamente, aqueles
que iam sendo salvos” (At 2:47). Foi o próprio Deus quem colocou junto
este grupo. Os primeiros cristãos não trabalhavam para convencer as
pessoas a se juntar ao seu grupo, mas para apresentá-las a Cristo. Eles
não estavam tentando formar um novo tipo de sociedade, mas sim viver
pelo Espírito Santo e compartilhar Jesus com o mundo. A igreja ou as
igrejas que surgiram foram um resultado espontâneo da ministração de
Jesus. Elas eram o fruto automático da pregação do Evangelho. Estes
resultados não foram conseguidos por crentes tentando organizar
grupos eficientes, mas um produto da vida de Jesus sendo vivida entre
eles.
Lemos em Zacarias 6:12,13 que o trabalho do Filho de Deus é
edificar o templo do Senhor. Ali lemos: “Assim diz o Senhor dos
Exércitos: Eis aqui o homem cujo nome é Renovo. Ele brotará do seu
lugar e edificará o Templo do Senhor. Ele mesmo edificará o Templo do
Senhor e será revestido de glória, assentar-se-á no Seu trono e
dominará e será sacerdote no Seu Trono...”
Deus também diz: “O céu é o Meu Trono. A Terra é meu escabelo,
onde está a casa que você irá edificar para mim?” ( Is 66:1) A resposta é
que não existe casa que possamos edificar para Ele. Nada que
possamos construir irá agradá-lo. Nenhuma de nossas organizações
humanas e terrenas funcionará. Não importa o que possamos construir,
não importa o quanto seja bom ou quão bíblico possa parecer, não
podemos, nunca, construir algo onde Deus possa morar. Somente Ele
pode fazer isto.
Não podemos construir a casa de Deus. O melhor que podemos
fazer é trabalhar em colaboração com Ele. Esta cooperação é feita
ajudando a preparar os materiais. É Ele, então, quem os coloca juntos, da
maneira como Lhe agrada.
A Igreja primitiva que nós julgávamos ser um tipo especial de era
obra de Deus e não de homens. Era o resultado natural e espontâneo da
obra de Jesus Cristo nos corações dos homens e das mulheres,
individualmente. Foi Ele quem os reuniu. Também era Sua a
responsabilidade de mantê-los juntos, se assim o desejasse. Em nenhum
lugar do Novo Testamento nós encontramos os apóstolos correndo atrás
de ajuntar crentes a fim de agrupá-los em grupos separados.
Demasiados crentes estão tentando montar algum tipo de estrutura
ou madeiramento para a Igreja. Por ex., eles acham que, se podem
providenciar encontros, orações, louvores, vários ministérios como a
Escola Dominical, grupos de adolescentes, etc., então os crentes podem
se encaixar nesta organização. Eles podem usar esta estrutura para
“pendurar” nela as suas vidas espirituais. Os membros, então, são
levados adiante passivamente pelas atividades e ministérios desta
organização.
Infelizmente, isto é exatamente o tipo de obra da qual falamos no
capítulo anterior. É tentar fabricar uma estrutura e esperar que ela se
encha de Vida. É tentar fazer talos, pétalas, flores e folhas de seda e
arame e não deixar simplesmente que a vida da planta cresça. Qualquer
tipo de estrutura ou madeiramento organizacional que possa ser
fabricado por seres humanos, nunca se tornará a casa eterna de Deus.
Nossa meta, nossa única meta, é ministrar Jesus uns aos outros e
ao mundo. Nossa chamada é para edificarmos indivíduos. Nosso
trabalho é edificar o Templo de Deus que é constituído por homens e
mulheres.
Deus então irá usar estes materiais de construção, irá colocá-los
juntos em um arranjo divino, que somente Ele pode fazer. Ele irá construir
a Sua Igreja. Ele fará o edifício juntando as partes separadas. Nossa
parte é ministrar Jesus Cristo uns aos outros e deixar os resultados com
Ele.

COMO FUNCIONA

Quando somos bem sucedidos ao ministrar Vida a outras pessoas,
elas amarão mais a Deus. Elas aprenderão a andar em intimidade com
Ele. Aprenderão a ouvir a Sua Voz e a Lhe obedecer.
Consequentemente, desejarão estar junto com os outros que sentem este
mesmo amor. Então irão procurar companheirismo. Ela irão naturalmente
procurar por chances de se juntar a outros para orar, louvar e
compartilhar. Assim, a casa de Deus irá crescer e será edificada.
Conforme cada um segue a liderança do Cabeça e compartilha sua
porção de Vida com o resto, a casa de Deus começa a aparecer. Todos
os aspectos da Igreja que vemos no Novo Testamento, incluindo
encontros, ministérios, dons, etc., começarão a se manifestar
automaticamente entre qualquer grupo de crentes que seguem amando e
seguindo a Jesus. Sua Vida irá produzir isto. Sua Vida irá sempre
produzir tão somente a Igreja. Ele os conduzirá a tudo o que Ele tem
preparado para eles.
Este conceito é muito simples, embora muito profundo. Se nós,
como criancinhas, simplesmente amarmos e seguirmos a Jesus a cada
dia, a Igreja brotará. A casa de Deus aparecerá como resultado de Sua
Vida. Este edifício será o produto de um trabalho sobrenatural. Será algo
edificado por Jesus. Aqui não há lugar para mãos humanas. Não há
necessidade de planos e esquemas dos homens. Não há necessidade
de madeiramentos organizacionais e de estruturas humanas. Conforme
simplesmente vivemos Jesus, Sua Vida irá produzir a Igreja. De fato, não
há outro modo de se atingir este objetivo.
Por favor, preste cuidadosa atenção nisto. Não há outro modo de
construir o Templo do Senhor além de permitir que a Vida do Senhor o
faça. Somente Ele é capaz fazer a obra. Ao viver Jesus em nós e através
de nós, haverá uma estrutura sobrenatural sendo construída. Conforme
O seguimos a cada dia, ministrando-O aos outros, Sua morada
aparecerá. A ministração da Vida eterna resultará na edificação da casa
de Deus. A Vida de Deus sempre irá crescer na forma da Igreja que Ele
deseja. Qualquer coisa que passe disso é apenas uma substituição
humana.
Este modo de edificar nunca será impressionante. Aqueles que
escolherem edificar com a Vida, nunca ficarão famosos, muito procurados
ou populares. Suas obras nunca irão competir em termos de grandeza e
número com os esquemas dos homens. O modo de Deus tem sido
sempre um caminho modesto e humilde.
Precisamos preparar nossa mente para isso. Precisamos imaginar,
antes de começarmos, que nossa obra não vai massagear nosso ego ou
causar subir a nossa popularidade. Nossos corações precisam estar
preparados para simplesmente obedecer a Jesus e nunca procurar por
resultados que o mundo considera impressionantes. É apenas nos
humilhando e nos tornando como criancinhas que seremos bem
sucedidos em entrar no Reino de Deus (Mt 18:3).
Quando o primeiro broto de uma planta irrompe da terra, nunca é
algo pomposo. Não parece ser grande coisa. Contudo, é a coisa real.
Portanto, nunca deveríamos julgar nossa obra ou qualquer outra obra
em termos seculares. Nunca deveríamos procurar por sucesso, números
grandiosos, fama, etc., para ver se o que estamos fazendo agrada a
Deus. O único padrão para nossa obra é se estamos ou não
obedecendo a Deus. Se O estamos seguindo fielmente em tudo o que
estamos fazendo, então nossa obra será aprovada. Por outro lado, se
ambicionamos o sucesso e toda a pompa que o acompanha, então
teremos muitos problemas ao tentar construir a casa de Deus a Seu
modo.

A NECESSIDADE DE FÉ

Construir à maneira simples da Vida requer fé. Exige que cada um
tenha um relacionamento de fé com Jesus Cristo. Precisamos acreditar
que, se apenas O seguirmos a cada dia, fazendo o que Ele nos conduz
a fazer, Ele irá produzir os resultados. Isto requer muita fé. Precisamos
crer que Jesus fará o que Ele disse que faria – construir a Sua Igreja.
Precisamos confiar que, enquanto fazemos nossa pequena parte no
plano de Deus, Ele cuidará do resto.
Se não tivermos tal fé, então começaremos a fazer coisas por nós
mesmos. Por ser o modo da Vida frequentemente vagaroso e nada
impressionante, sempre haverá uma grande tentação para que o homem
ajude um pouquinho a Deus. Muitas vezes haverá coisas que
imaginamos que precisam ser feitas para acelerar um pouco o processo.
Haverá frequentemente a oportunidade de estender as mãos humanas e
tentar fazer a obra de Deus no lugar Dele.
Edificar em Vida é caminhar por fé e não por vista. Mas este tipo de
caminhada é muito difícil para o homem natural. É muito normal para os
seres humanos dependerem apenas de coisas tangíveis. Eles confiam
facilmente naquilo que podem ver, ouvir e sentir. Consequentemente, os
homens tendem a buscar algo exterior e terreno. Qualquer homem ou
mulher de Deus que quiser construir com Sua Vida, precisa
continuamente estar alerta contra esta tendência humana.
As estruturas religiosas fornecem tais escoras tangíveis para a alma
humana. A organização humana frequentemente atrai bastante o homem
natural. É sempre muito mais fácil que homens e mulheres se sintam
confortáveis com algo mental, regularmente esquematizado, visível e
provável. Tais sistemas religiosos não requerem muita fé. Não demandam
uma completa submissão a Deus por parte dos participantes. Eles
oferecem espaço de sobra para que crentes sejam consumidos pelas
suas muitas atividades, entretenimentos e programas, estejam eles
verdadeiramente procurando a Jesus com todo o seu coração ou não.
Esta é a razão pela qual organizações humanas parecem
prosperar enquanto que o modo de uma simples fé infantil é
negligenciado. Tais sistemas têm o nome de ser cristão, mas fornecem
também muito espaço para o homem natural. Frequentemente tais
estruturas humanas fornecem apenas religião suficiente para satisfazer a
consciência dos assistentes, junto com uma boa dose de funções sociais
e outras atividades para manter o homem natural feliz.
Uma caminhada de fé genuína demanda contacto contínuo e
obediência a Alguém invisível. Esta caminhada em espírito não acontece
com o uso de nossos sentidos naturais. Isto significa que precisamos
manter um relacionamento íntimo com nosso Salvador, o qual é
intangível ao homem natural. É somente através desta comunhão
espiritual com Deus que nos saímos bem em viver em obediência a Ele e
em construir Sua casa eterna. É assim, recebendo Dele o fluxo de Vida,
que podemos ministrá-lo a outros também e construir algo que O agrade.

NÃO DESISTA DE CONGREGAR


Há uma importante admoestação nas Escrituras que nos incita “a
não desistir de congregar” (Hb 10:25). Esta é uma palavra essencial para
todos os crentes. Se amamos Jesus e O seguimos, naturalmente
desejamos estar com outros cristãos tanto quanto possível. Nossa
“congregação” com eles será um grande desejo de nossos corações. Um
cristão obediente sempre estará procurando isto. Portanto, encontrar-se
com outros crentes para louvar, orar e fazer edificação mútua, será um
notável aspecto da experiência de uma igreja viva. Na verdade, este
desejo ou a ausência dele, é um bom teste para ver se realmente
estamos andando em intimidade com Jesus.
Todavia, este versículo não pode, de maneira alguma, ser
considerado como uma ordem para tentar reunir um grupo ou uma
estrutura humana. Isto não é o que dizem as Escrituras. Esta exortação
visa a estimular os crentes a obedecer à liderança do Espírito Santo e a
procurar companheirismo com os outros. Pelo fato de nossa carne
natural não desejar estar na presença de Deus, seja quando estamos
sozinhos, seja em comunhão com outros crentes, existe uma tendência a
evitar encontros e camaradagem. Portanto, somos instruídos a não
permitir que a carne domine sobre nós e a fazer um esforço para
continuar a procurar comunhão com os outros.
Conforme servimos uns aos outros através do Espírito Santo, nós
e eles iremos crescer e a casa de Deus irá se expandir. Quando usamos
nossos dons e ministérios para edificar indivíduos, o Templo de Deus
estará sendo construído. O próprio Deus juntará as peças para a
edificação da casa, conforme lhe agrada (1ª Co 12:18). Então é ali que
Ele irá morar eternamente: “Dentro” dos homens e mulheres
espiritualmente edificados e “entre” eles.
Vamos, juntos, pensar nisto. Quando aparecermos diante do
Senhor, o que apresentaremos a Ele? Demonstraremos a Ele a nossa
maneira de conduzir os nossos encontros? Exibiremos as novas danças
ou as peças de teatro? E os nossos grupos especiais para os jovens,
para os casais jovens, para os solteiros, etc.? Nossos padrões, nossas
práticas e nossos planos serão de interesse para Ele? Não!
O que Deus estará interessado em ver é como este trabalho de
transformação foi ocorrendo em cada indivíduo. Sua atenção estará
focalizada no crescimento espiritual de cada um. O que Ele desejará
examinar é como cada um de nós tem sido transformado à imagem Dele.
O interesse Dele não será quantas pessoas nos consiguirmos reunir,
mas o nivel de maturdade espiritual de cada uma.
Então, já que estas coisas são o objetivo Dele, não deveriam ser
também o nosso foco? Não deveríamos também usar nosso tempo e
energia para construir o que está no coração do Senhor? Não
deveríamos deixar para trás coisas que não irão permanecer e nos
concentrarmos naquelas que irão? Vamos nos perguntar honestamente:
Nossa organização passará no teste do Dia do Julgamento? Nossos
grupos e nossas atividades brilharão como a claridade do sol no dia do
Senhor? Então, quanto do nosso esforço é simplesmente inútil e
desperdíçio, quando poderíamos estar construindo aquilo que irá
perdurar por toda a eternidade?
Na Igreja de Cristo hoje, muitos têm outro objetivo. Estão se
esforçando para edificar uma organização grande, bem sucedida e que
cresça rapidamente. Para ser totalmente justo, eu creio que preciso dizer
que a maioria destas organizações acredita que o crescimento espiritual
é uma de suas metas. Eles imaginam que a maturidade será o resultado
de seus esforços. Talvez alguns pensem que irão juntar um grupo de
pessoas ou “igreja” e que irão usar esta organização como um meio
para edificar pessoas. Supõem que irão usar o seu grupo para levar
adiante a obra de Deus. Talvez os motivos deles sejam bons, mesmo que
as suas práticas sejam deficientes.
O problema com este método é que juntar este grupo e mantê-lo
unido, precisa ser feito por meios humanos, naturais. Em vez de
simplesmente ministrar Cristo, somos levados a encarar a tarefa de
fornecer amparo e várias atividades para atrair pessoas, enquanto
tentamos trabalhar no estado espiritual delas. Precisamos tentar mantê-las
interessadas em algo diferente da pessoa de Jesus Cristo, enquanto
tentamos ajudá-las espiritualmente. Isto é realmente um caminho
inadequado para fazer a obra de Deus. Também, como iremos ver
depois, não é fazer a obra de Deus à maneira de Deus.

QUAIS SÃO OS NOSSOS MOTIVOS?


Uma outra questão importante que temos que considerar
cuidadosamente diante do Senhor, é: quais são os nossos motivos?
Precisamos examinar honestamente os nossos corações. Quando
estamos tentando colocar junto um grupo, os nossos motivos se tornam
divididos. Sim, queremos servir aos outros em nome de Jesus, mas
também queremos que eles se juntem a nós em nosso grupo. Sem
dúvida, cremos que o nosso grupo é obra de Deus, então fica difícil para
nós ver que edificar a nossa organização não é o mesmo que edificar a
casa de Deus. Mas não é.
Ter a motivação de querer edificar nosso grupo particular ou “igreja”
então, torna impossível não ter um tipo de teia de aranha escondida atrás
de nós. Falamos de Jesus e das coisas de Deus, mas queremos que as
pessoas se juntem a nós. Secretamente, queremos prendê-las em nossa
teia.
Mas, quando estamos somente e sinceramente interessados em
edificar alguém em Cristo, todos os motivos dúbios desaparecem. Então
nos tornamos livres para simplesmente edificar a casa de Deus. Temos
então a grande liberdade de servir aos outros sem agenda secreta. Se
eles se juntam a nós ou não, nem tem que ser considerado.
Com este tipo de atitude, podemos servir a outros que não
concordam conosco. Podemos compartilhar Jesus com outros, em
outras “igrejas”, sem tentar, secretamente, persuadi-los a deixar o que
estavam seguindo para se unir a nós. Podemos ministrar sem motivos
dissimulados. Podemos simplesmente falar o que o Espírito Santo está
falando no momento e podemos amar aos outros sem empecilhos.
Podemos viver Jesus Cristo em grande simplicidade entre outros crentes
e também entre os do mundo.
Quando o nosso único motivo é edificar a casa de Deus, nós
podemos servir e edificar aos outros livremente. Este tipo de propósito
nos permite viver em um tipo de inocência infantil e também em grande
liberdade. Quando a nossa meta é edificar indivíduos, podemos
permanecer servos humildes. Mas, quando o nosso motivo é reunir um
grupo, então muitos fatores entram em cena.
Vamos raciocinar juntos sobre isto. Se desejamos formar juntos um
grupo ou uma “igreja”, isto deve ficar apartado da igreja como um todo.
Se não, ela não tem sua própria identificação e, portanto, não pode ser
reconhecida como um grupo. Portanto, precisamos ter alguns métodos
para separar homens e mulheres do resto do corpo de Cristo e
convencê-los a aderir a nós, às nossas práticas ou aos nossos ensinos.
Estes métodos incluem, mas não se limitam a: persuasão emocional
e mental, manobras políticas, uso de forte personalidade, uma boa
maneira “vender” seu produto e exibição de dons espirituais. Usando
vários destes métodos, convencemos um grande número de pessoas de
que nossas idéias, práticas e doutrinas são melhores e que eles devem
aderir a nós, assim formando um grupo identificável ou “igreja”. Isto,
queridos irmãos e irmãs, é algo feito por mãos humanas. É um lugar
onde Deus não mora e nem nunca irá morar. Não é algo feito de acordo
com a visão celestial. É simplesmente, maderia, fena e palha.

COMO A IGREJA DE DEUS FUNCIONA

Conforme vivemos e trabalhamos com o foco de edificarmos uns
aos outros, é provável que Ele coloque juntos os corações de algumas
pessoas. Certamente acontecerá que o amor de uns pelos outros irá
crescer. Não há dúvida que a comunhão de uns com os outros se
tornará tão agradável que eles gastarão um bom tempo um na presença
do outro. Conforme eles edificam uns aos outros, Deus irá entrelaçá-los
em amor (Col 2:2). Naturalmente, eles se reunirão para louvar, orar e se
edificar. Isto é algo que Deus coloca junto, não o resultado de um esforço
humano, natural.
Alguém de fora, que olhe para isto, pode pensar que isto é uma
organização. Mas, na verdade é algo orgânico, algo vivo, algo feito por
Deus e não por homens. Esta “forma” é resultado da vida de Deus
crescendo e vivendo através dos indivíduos. Este grupo não tem
paredes. Não é separado do resto do corpo de Jesus. Aqueles que
participam desta comunhão não são mantidos por algum tipo de artifício,
doutrina, líder ou práticas humanas. Eles estão simplesmente vivendo
pela Vida de Cristo e servindo uns aos outros.
O resultado disto é a manifestação do Santo Espírito conforme Ele
enche o Templo que, é claro, é formado por estas pessoas que têm sido
edificadas por Ele. A Igreja primitiva era resultado deste tipo de
ministração. Os discípulos estavam pregando e ensinando sobre Jesus
Cristo. Eles O estavam compartilhando com o mundo e ministrando-O
uns aos outros.
Automaticamente, eles queriam estar junto com outros que amavam
a Jesus. O Senhor então, os entrelaçava, de maneira que eles podiam
ser vistos como um grupo. Mas, isto não era resultado de esforço
humano. Não era Pedro, Tiago ou João usando seus dons e ministérios
para tentar atrair seguidores. Não era resultado de um esforço para
organizar o que quer que seja. Era o resultado espontâneo da
ministração do Espírito Santo aos indivíduos.
Verdadeiramente o Senhor Nosso Deus não vive em uma casa feita
por mãos humanas. Se o que estamos fazendo é resultado de nossos
próprios planos, energia e esforços, então Deus não irá morar lá. Se
nosso grupo é um produto de talento administrativo ou habilidade
organizacional, podemos estar certos que Ele não chamará a isto de Sua
casa. Se o que estamos fazendo é realmente algo natural e terreno,
mesmo se for decorado com rótulos espirituais, ele será queimado no dia
do julgamento. Não importa que pareça muito bom, não importa o que os
outros pensem de nossa obra, qualquer coisa feita por mãos humanas,
nunca será a casa de Deus.
Queridos irmãos e irmãs, esta é uma consideração extremamente
séria. Embora já tenhamos pensado em várias “igrejas” ou grupos
religiosos como sendo santos ou algo muito especial aos olhos de Deus,
está na hora, não, até já passou da hora de olharmos para eles através
dos olhos de Deus. Com a Sua santa Palavra aberta diante de nós,
vamos cuidadosamente e com muita oração, examinar à Sua luz aquilo
que estamos fazendo. As tradições dos homens junto com todos os
rituais, práticas e “serviços” que os acompanham, não são e nem nunca
serão o Templo do Deus vivo.
Nestes últimos dias, com a vinda do Senhor parecendo cada vez
mais próxima, seria sábio que nós examinássemos nossas vidas diante
de Deus. Á Sua luz, vamos honestamente considerar a obra de nossas
mãos e vamos deixá-Lo expor ou mudar qualquer coisa que não seja de
autoria Dele. Que nós possamos, pela Sua misericórdia, ser
considerados por Ele como construtores de obras de ouro, prata e
pedras preciosas.
Como precisamos de uma visão celestial! Como precisamos subir à
montanha de Deus e olhar em Seu coração! Como precisamos construir
de acordo com Seu plano celestial e não de acordo com idéias e
conceitos terrenos! Sem esta revelação sobrenatural, nossa obra para
Deus não será vital, penetrante e genuinamente frutífera. Além disso, ela
não realizará coisa alguma que seja de valor eterno.


David W Dyer
09/abril/2005

DEIXE O MEU POVO IR!

CAP 1 - UMA VISÃO CELESTIAL

As instruções que Deus deu a Moisés, Ele também está falando
hoje a cada um de nós. Não somente no Velho Testamento, mas também
no Novo, encontramos a seguinte advertência: “Vê, pois, que tudo faças
segundo o modo que te foi mostrado no monte” (Ex 25:40 e Hb 8:5). Isso
é uma admoestação que precisamos contemplar seriamente.
Moisés foi um homem chamado por Deus para liderar Seu povo e
para construir um lugar para Sua morada. Moisés compreendeu muito
bem esta excelente chamada e estava pronto para responder a ela com
todo o seu coração. Entretanto, ele não era livre para fazer o que
quisesse. Não tinha liberdade de inventar coisa alguma, de planejar o
que quer que fosse ou de fazer qualquer coisa de acordo com os seus
próprios gostos ou desejos. Ele foi instruído a fazer tudo estritamente de
acordo com a visão celestial que havia recebido pessoalmente enquanto
estava com Deus na montanha.
Veja, Moisés havia subido ao monte santo. Lá, ele passou um
tempo (40 dias e 40 noites, para ser exato), na real presença do Deus
Todo Poderoso. Ele conheceu o temor a Deus. Havia experimentado
Sua terrível majestade e poder. Além disso, havia olhado no coração de
Deus e começado a compreender algo sobre o que o Seu Criador
estava desejando. Então, quando desceu daquela montanha, tinha,
queimando dentro de si, uma visão celestial, uma revelação espiritual que
passou a governar a sua obra, enquanto ele estava construindo uma
morada para o Altíssimo.
Estas coisas nos deveriam falar hoje bem claramente. Quando nos
convertemos e começamos a desejar nos envolver na obra de Deus,
esta é uma coisa que devemos considerar seriamente. Se desejamos ser
colaboradores de Deus e auxiliá-Lo na construção de Sua eterna
morada, este é um aspecto importante a ser considerado.
Antes de começarmos, precisamos ter entrado profundamente na
presença de Deus. Não apenas ter entrado, mas ter gasto um tempo - um
bom tempo - ouvindo, vendo e compreendendo o que é que Deus
deseja. Antes de darmos este primeiro passo, é de suma importância que
tenhamos recebido uma revelação celestial, de maneira que o nosso
trabalho seja feito com substância divina e não meramente com madeira,
feno ou palha (1ª Cor 3:12). Precisamos ter visto o santo plano de Deus
e, então, construir de acordo com a planta.
Queridos irmãos e irmãs, isto não é uma consideração sem
importância. Não é algo com que possamos lidar superficialmente.
Quando começamos a nos envolver em construir juntamente com Deus,
tomamos parte em uma construção que é eterna. O que Deus constrói
através de nós será Sua habitação eterna. Portanto, não pode e não
deve ser algo feito sem muita revelação e oração e até mesmo temor e
tremor. Todos nós deveríamos ter uma dose saudável de respeito e
temor a Deus quando começamos a construir algo em Seu nome.
O Senhor Nosso Deus não habita e nem nunca irá habitar em um
templo construído por mãos humanas (Atos 7:48). Portanto, se não
construirmos de acordo com o Seu desenho, o que construirmos não irá
satisfazê-Lo e Ele não irá morar ali. Não será o lugar de Sua morada.
Muitos cristãos hoje já ficaram iludidos porque Deus ocasionalmente
visita suas obras em construção. Já que Sua presença vem de vez em
quando, eles imaginam que Ele está aprovando o que estão fazendo.
O que precisamos estar construindo urgentemente, não é um lugar
que Deus venha visitar uma vez ou outra, mas um lugar onde Ele se
agrade em morar. Precisamos estar construindo a eterna casa espiritual
de Deus, onde Ele irá residir permanentemente, por toda a eternidade.
Para fazer assim, precisamos ter recebido uma profunda visão celestial.
Tudo o que fizermos deverá ser guiado por esta revelação.
OUTROS PADRÕES
Milhões de crentes, homens e mulheres de Deus, estão construindo
hoje. Há muita atividade cristã. A cada dia que passa literalmente centenas
de igrejas brotam ao redor do mundo. Eu gosto de acreditar que a
maioria destes queridos irmãos está fazendo o seu trabalho com o
coração puro e um sincero desejo de agradar a Deus. Entretanto, muitos
deles parecem estar construindo sem muita compreensão do plano
celestial. Eles estão simplesmente copiando o que vêem os outros
fazendo. Estão construindo de acordo com a visão que viram na esquina
de baixo e não na santa montanha de Deus.
Em vez de receber uma visão de Deus, eles estão confiando no
homem. Em lugar de uma revelação celestial, eles ouvem de um grupo
ou de outro o que está fazendo sucesso e atraindo um grande número
de pessoas e então correm a copiar o que estes outros estão fazendo.
Talvez alguns estejam meramente fazendo o que sua denominação fez
no passado. Possivelmente a tradição os inclinou a certo padrão de
construção. Outros podem estar fazendo o que aprenderam na Escola
Bíblica ou no Seminário. Outros ainda confiam em sua própria
popularidade, dons ou carisma, para atrair e conservar muitas pessoas
em seu rebanho. Há, de fato, muitos métodos e padrões sendo usados
nas construções hoje.
Mas talvez todos nós devêssemos parar por um momento e
considerar cuidadosamente o que estamos fazendo. Este é um assunto
muito sério. As coisas que fazemos têm conseqüências eternas. Portanto,
não pode nos ferir tomar alguns minutos e, em oração, contemplarmos
nosso trabalho para Deus. Vamos entrar em Sua presença e derramar
nossos planos e projetos diante Dele. Vamos com reverência abrir
nossos corações para ouvir a opinião Dele. Vamos perguntar
honestamente a nós mesmos e a Deus: todas estas coisas que estamos
fazendo são realmente à prova de fogo? O que estamos construindo é
realmente a casa de Deus? Será que é mesmo um lugar onde Ele se
alegrará em morar eternamente?
Em 1ª Cor 3:10-17, Paulo nos faz algumas admoestações e nos dá
algumas instruções sobre como construir a casa de Deus e que materiais
devemos usar. Ele nos persuade a tomar muito cuidado com o que
estamos fazendo. Ele diz: “Mas cada um veja como edifica (a fundação)
(vers 10). Não é suficiente construirmos algo que achamos bom ou algo
que os outros aprovem. É essencial construirmos de acordo com o
desenho de Deus e com materiais aprovados.
Então, queridos irmãos, sejam cuidadosos! Estejam bem seguros
se o que vocês estão fazendo está em harmonia com a mente de Deus.
Não tenham pressa em sair por aí fazendo algo para Deus. É
extremamente importante ouvir a Deus e ver a Sua habitação eterna
primeiro, antes de começarmos a construir. Se começarmos com uma
visão celestial, então todo o nosso trabalho será aprovado. Desta forma,
não seremos envergonhados quando Ele vier e examinar as coisas que
temos feito.
Ao prosseguirmos com este livro, estaremos examinando
detalhadamente que tipo de materiais devemos usar, mas por enquanto
precisamos ver claramente que há dois tipos disponíveis. Há materiais
sobrenaturais que são tipificados por “ouro, prata e pedras preciosas” e
os materiais terrenos, representados por “madeira, feno e palha” (vers.
12). O primeiro tipo tem sua origem em Deus, sendo celestial em
qualidade. O segundo tipo é algo meramente humano e natural. No
mundo atual, os dois tipos de materiais podem ser usados para fazer
construções impressionantes. Muitas mansões multimilionárias têm a
madeira como sua estrutura básica, mas no Reino de Deus, apenas
usando os Seus materiais e seguindo os Seus planos, nós poderemos
satisfazê-Lo.
O SUCESSO NÃO É O PADRÃO
Em nosso empenho para sermos agradáveis a Deus, uma coisa
precisa ficar muito clara para nós: a medida de julgamento para nossas
obras não é o sucesso. Deixe-me repetir isso. A medida que decide se
Deus se agrada ou não com o que estamos fazendo, não é se muitas
pessoas estão comparecendo aos nossos encontros. Não é o quão
popular nós e nossa mensagem se tornaram. Não é o fato de muitos na
comunidade cristã estarem aplaudindo e admirando nosso trabalho. Não
é porque nosso trabalho está crescendo e se espalhando de tal maneira
que a nação inteira ou mesmo o mundo todo está ouvindo falar de nós.
Honestamente, até mesmo um vírus pode se espalhar rapidamente e se
tornar mundialmente famoso.
Hoje em dia parece haver um critério que as pessoas admiram.
Quando outras pessoas olham para nosso trabalho, normalmente estão
tentando ver uma coisa. Eles querem ver se somos bem sucedidos ou
não. O padrão mundial é este, normalmente: Há um sucesso visível? A
obra está se expandindo? Há alguma evidência concreta de êxito? Se
houver, nossa obra é admirada e aprovada. Se não houver, então o que
estamos fazendo é negligenciado ou mesmo desprezado. Este é o
padrão do mundo.
Mas o padrão de Deus é completamente diferente. Seu padrão é a
obediência. Sua medida é se estamos trabalhando de acordo com os
seus planos ou não. O que fazemos em obediência a Ele pode parecer
um sucesso aos olhos humanos. Entretanto, também é possível que não
pareça. Os caminhos de Deus frequentemente são misteriosos. Ele não
usa os meios e os métodos do mundo. Sua sabedoria é algo que o
mundo e as pessoas que vivem nele não conseguem compreender (Veja
1ª Cor 1:18-25). Frequentemente suas obras são ocultas, pequenas e
inesperadas. Entretanto, com o passar do tempo, elas produzem os
resultados mais excelentes.
Para esclarecer um pouco este ponto, vamos dar uma olhada em
alguns dos homens de Deus que foram poderosamente usados por Ele,
mas ainda assim foram desprezados e rejeitados. Eles eram bem
sucedidos aos olhos de Deus, mas desconsiderados pelo mundo e
alguns até mesmo pelas comunidades religiosas de seus dias. Noé era
obediente, mas certamente não era popular. Eu imagino que a maioria
das pessoas o considerava louco. Lá estava ele construindo um imenso
barco em terra seca, sem nenhum modo de conseguir levá-lo à água.
Não há dúvida que ele era o motivo do riso da vizinhança. Mas ele foi
obediente a Deus.
Jeremias foi um profeta ungido e usado por Deus. Dois livros
inteiros do Velho Testamento são suas obras e profecias. Cada simples
palavra era inspirada e ungida pelo Deus do Universo. Cada profecia
que ele falou estava correta e veio (ou ainda virá) a se cumprir.
Entretanto, ele não tinha grupos de seguidores. Quase ninguém prestou
alguma atenção a ele e nem obedeceu as suas palavras. A nação para a
qual ele profetizava nunca se arrependeu e eventualmente teve que ser
julgada por Deus. Seu “ministério” foi um desastre do ponto de vista
humano. Muitos outros profetas também se encaixam nesta categoria.
Embora nós possamos imaginar uma situação diferente, o Apóstolo
Paulo também parecia um fracasso no final de seu ministério. Ele foi
preso, de maneira que “a esfera de seu ministério” encolheu de ser um
obreiro viajante pelo mundo a alguém que tinha contacto apenas com
umas poucas pessoas que o visitavam na prisão. Então, todas as Igrejas
da Ásia, muitas das quais ele havia fundado, o rejeitaram e se desviaram.
(2ª Tim 1:15) Ele administrou para escrever umas poucas cartas da
prisão, mas isto certamente não tomava todo o seu tempo. Entretanto,
quem poderia ter imaginado o fruto que este período de sua vida iria
produzir?
Jesus, o Filho primogênito de Deus, também foi desprezado e
rejeitado pela maioria (Is 53:3). Embora Ele gozasse alguns períodos de
popularidade, Ele sabia que os homens frequentemente estavam se
congregando com Ele por razões erradas. Então, frequentemente Ele
lhes falava uma palavra de justiça, o que fazia com que muitos deles se
virassem e o deixassem. No final de seu ministério terreno, Jesus estava
sozinho. No auge de Seu trabalho sobrenatural, todos os seus
seguidores O abandonaram.
Muito embora hoje se veja a obra de Jesus como um sucesso, já
que o Cristianismo se espalhou por todo o globo, se olhássemos para
as coisas como se estivéssemos lá naquele tempo, Sua obra
provavelmente iria parecer falha ou até mesmo um desastre. Ele, o líder,
foi morto e todos os seus seguidores foram dispersos. O sucesso
aparente não é e nunca poderá ser a medida de nosso trabalho para
Deus.
NOSSAS OBRAS SERÃO JULGADAS
Quando Jesus voltar, o que nós fizemos em Seu nome será
julgado. De novo em 1ª Cor 3:13 lemos que nossas obras serão
testadas pelo fogo sobrenatural. Se nossas obras foram feitas com
materiais combustíveis, isto é, algo humano, natural e terreno, elas serão
queimadas. Se nossas obras foram feitas com materiais celestiais, elas
sobreviverão ao teste. Deus nos assegura aqui que, mesmo que as
obras de alguns sejam destruídas, eles próprios serão salvos (vers.15).
Entretanto, é mostrado que haverá um severo julgamento para aqueles
que construíram erradamente. Não apenas suas obras se perderão junto
com as recompensas por tais obras, mas também haverá um tipo de
julgamento para eles próprios.
Talvez se refira a este julgamento um alerta expresso em 1ª Cor
3:17, onde lemos: “Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o
destruirá.” O contexto deste versículo é muito importante. O assunto aqui
é a construção do templo de Deus. Neste trabalho de construção, somos
ensinados que “se destruirmos” o templo de Deus, sofreremos severo
julgamento. De acordo com R N Champlin, Ph D, em seu comentário
sobre o Novo Testamento, esta palavra “destruir” também pode ser
traduzida por “arruinar”, “destruir”, “corromper”, “danificar” e/ou “adulterar”.
A palavra traduzida “destruir” (vers. 17) referindo-se ao que Deus
fará à pessoa ofensora, é exatamente a mesma palavra grega traduzida
por “destruir” na primeira parte do versículo. Assim, vemos que Deus irá
punir aqueles que poluem Sua morada eterna, de acordo com o que ele
ou ela fez.
As obras destruidoras que alguém pratica se tornam o seu próprio
julgamento.
O que então significa “destruir” Sua casa? Significa que usando
materiais incorretos é que nós podemos poluir ou danificar o verdadeiro
lugar de residência de Deus - Seu templo. É inteiramente possível para
nós, trabalhando sem revelação sobrenatural, construir coisas dentro do
Templo de Deus, que vão poluindo, danificando e adulterando-o. Além
disso, se fizermos tais coisas, sofreremos severas conseqüências
quando Jesus vier para julgar-nos pelas nossas obras.
Queridos irmãos e irmãs, este versículo deveria ser muito sério.
Não estamos tratando aqui com algum tipo de construção temporária.
Estamos construindo a morada eterna do Deus Todo Poderoso.
Portanto, nós devemos ser muito cuidadosos com o que fazemos. Se
nós, por meio de nossa ignorância e motivos carnais, corrompemos a
casa de Deus, nós seremos corrompidos da mesma maneira quando Ele
vier.
ALGUNS EXEMPLOS DO VELHO TESTAMENTO
No Velho Testamento, vemos alguns exemplos deste tipo de
poluição. No livro de Levítico cap. 10 vers. 1, lemos a história de 2
sacerdotes: Nadabe e Abiu, que eram filhos de Arão. Eles pareciam
gostar de suas obrigações religiosas e se tornaram orgulhosos de sua
posição entre as pessoas. Então, eles pensaram que podiam aperfeiçoar
um pouco os desígnios de Deus.
Um dia, em vez de seguir os mandamentos de Deus, eles pegaram seus
incensórios, puseram um pouco de incenso neles e marcharam para o
tabernáculo para fazer o seu próprio tipo de oferenda. Eles vieram com
um novo e moderno jeito de adorar. Do ponto de vista de Deus era “fogo
profano” (Lv 10:1). Esta invenção deles lhes custou as vidas. Profanaram
a casa de Deus e então veio fogo da presença de Deus e os consumiu.
Em 2ª Reis cap. 16 temos a história de Acaz, que foi um dos reis
que reinou sobre Judá. Infelizmente, este homem não temia a Deus e
nem compreendia os seus caminhos. Um dia, ele viajou para Damasco
para encontrar o rei da Assíria, a quem ele acabara de pagar tributos
com o ouro e a prata que ele havia roubado do Templo. Então, la ele viu
um altar pagão. Era realmente comovente. Evidentemente, era grande,
enfeitado e espetacularmente bonito. Parecia muito melhor aos seus
olhos do que o razoavelmente simples e bem menor altar de bronze que
Salomão havia feito.
Então ele mandou ao sacerdote Urias algumas medidas e a planta
do altar. Antes mesmo de Acaz voltar para casa, Urias edificou uma
réplica do altar pagão. Em seguida Acaz e Urias arrastaram o altar de
bronze do Senhor e colocaram no Templo o seu novo e impressionante
altar. Então ele instruiu os sacerdotes a usar o extravagante altar para
todos os sacrifícios e ofertas. O velho altar de bronze seria usado
apenas para “buscar orientação”, querendo dizer para procurar a
direção de Deus. Provavelmente este altar de bronze foi muito pouco
usado por ele.
Este novo altar era grande e impressionante, mas não foi planejado
por Deus. Era um grande obra humana. Era atraente de muitas maneiras
terrenas e carnais. Mas era uma poluição para a habitação simbólica de
Deus, o Templo.
Há muitas coisas que os homens apreciam com os seus sentidos
naturais. Ambientes bonitos, mensagens eloqüentes, música agitada e
muitas outras coisas nos são agradáveis. Portanto, há uma grande
tentação de instituir estas coisas em nosso trabalho para o Senhor.
Enquanto estamos construindo Sua morada, é tentador adicionar um
pouco de nossas idéias ou decorações. É muito difícil para nós não
incorporar algo de nossos próprios desígnios e direções. Mas vamos
nos lembrar sempre: “pois aquilo que é elevado entre os homens é
abominação diante de Deus”. (Lc 16:15)
MUITOS TIPOS DE TRABALHADORES
Há muitos tipos de obreiros hoje no projeto de construção de
Deus. Assim como o projeto de construção terrena requer diferentes
tipos de trabalhadores, incluindo eletricistas, encanadores, carpinteiros,
pedreiros, etc., assim também a construção de Deus requer pessoas para
desempenhar diferentes funções. Lemos no Novo Testamento sobre
Apóstolos, Profetas, Evangelistas, Pastores e Mestres. Além disso,
aprendemos sobre diversos tipos de dons e ministérios. Este livro não
tem o objetivo de delinear e discutir cada uma dessas diferentes funções,
mas apenas dizer que elas são muitas e variadas.
Um importante ministério que tem uma relação direta com nossa
atual investigação, é o trabalho de um apóstolo. Deus é o Arquiteto de
Sua construção. Ele mesmo desenhou a planta. Mas também há aqueles
que são chamados “mestres de construção” (1ª Co 3:10). São um tipo de
supervisores da construção. São indivíduos que passaram um tempo na
montanha de Deus. Olharam profundamente dentro do Seu coração.
Eles viram o Seu plano e entenderam como construir aquilo que viram.
Este é o trabalho de um apóstolo. Portanto, um apóstolo é alguém que
tem uma visão ampla dos desejos de Deus e uma clara compreensão
espiritual de como construir aquilo que Deus revelou a ele.
Os apóstolos são aqueles a quem Deus revelou “Seus mistérios”.
Paulo escreve: “pois, segundo uma revelação, me foi dado conhecer o
mistério”. (Ef 3:3). Tendo recebido estas revelações, então eles se tornam
“despenseiros dos mistérios de Deus”. (1ª Co 4:1). Eles obtiveram algo
de supremo valor e são responsáveis perante Deus pela administração
disto. Isto significa que os apóstolos devem ser humildes servos,
compartilhando fielmente com o resto do corpo de Cristo as coisas
preciosas que Deus lhes revelou. Eles precisam trabalhar para que os
outros membros sejam guiados pela mesma revelação celestial.
É claro que cada tipo de ministério necessita de alguma revelação
divina para operar. Cada membro do corpo deve seguir a liderança
sobrenatural para ser efetivo. Entretanto, é aqui que encontramos um
problema comum na Igreja hoje. Para explicar melhor, vamos falar sobre
o encanador. Vamos admitir que ele saiba lidar com os canos. Ele é bom
naquilo que faz e sabe que é uma parte essencial do plano. Mas, se ele
começar a pensar que o que vê e sabe é o plano completo, então
começam a surgir problemas.
Talvez pudéssemos pensar em nosso “encanador” como um
evangelista. Ele é bom naquilo que faz. Ele sabe que a sua parte é
importante. Em toda parte que ele olha na Bíblia, ele vê evangelismo. Já
que esse é o seu dom e a sua função, isto é o que Deus revela a ele
pela Sua Palavra. Mas também é muito possível e até mesmo comum
para este evangelista começar a imaginar que viu o plano completo. Ele
começa a pensar que a sua parte é a mais importante, que o seu trabalho
é o trabalho que Deus quer que seja feito. Já que é isto que ele vê
quando olha a Palavra de Deus, ele supõe que isto é tudo o que está ali
para ser visto.
Entretanto, já que este(a) irmão(ã) não é um apóstolo, sua visão é
limitada porque Deus não revela a ele(a) o Seu plano completo. A menos
que ele tenha a humildade de imaginar isto e compreender a sua
necessidade do resto do corpo, ele indubitavelmente irá encontrar
dificuldades e também causar muitos problemas na Igreja através do seu
trabalho. Em vez de trabalhar em harmonia com as outras partes ele ou
ela podem se tornar independentes e até mesmo lutar contra o que os
outros estão fazendo, já que é diferente daquilo que ele viu. A propósito,
não queremos perseguir os evangelistas. Este mesmo problema também
é evidente em outros membros do corpo de Cristo, ainda que cheios de
dons.
Hoje na Igreja de Cristo nós vemos muitos irmãos e irmãs
construindo dessa maneira imprevidente. Pensando que o seu ministério
é o mais importante ou mesmo o único caminho, eles começam a
“construir uma Igreja” em torno do seu ministério. Em vez de
simplesmente fazer a parte deles na construção do corpo, eles se retiram
para um canto e congregam com outros que concordam com eles, ou a
quem eles convenceram da importância de seu ministério. O resultado é
que vemos grupos tentando construir a casa de Deus exclusivamente
com canos e encaixes (que seria o evangelismo). Outros estão
construindo somente com fios, tomadas e pontos de luz (que
corresponderiam à profecia ou ensino). Cada um enfatiza a sua
compreensão e o seu dom sem a humildade de ver que a parte deles é
apenas uma parte do plano.
Assim nós compreendemos parte da importância do ministério
apostólico. Parte da função deles é servir a várias partes do corpo
ajudando-os a compreender o plano integral de Deus e a mostrar-lhes
como podem executar a sua parte em harmonia com o resto. Já que
viram a construção completa, eles podem ser úteis aos outros, ajudandoos
a utilizar seus dons e ministérios para construir a eterna morada de
Deus. A visão apostólica é um elemento necessário à construção da
casa de Deus. Então é importante para todos os trabalhadores da
construção que eles ouçam e compreendam a visão celestial daqueles
que genuinamente a receberam.
A revelação divina é absolutamente essencial quando estamos
construindo a Igreja de Deus. Não podemos nem mesmo começar sem
ela. Assim como construtor de um grande edifício ou até mesmo uma
casa bem menor não pensaria em começar sem uma planta, assim
também nós precisamos receber revelação de Deus. Precisamos ver o
que está em Seu coração. Então precisamos ser cuidadosos para
construir exatamente de acordo com esta visão que tivemos enquanto
estávamos com Ele na montanha.
David W Dyer
09/abril/2005